quarta-feira, 18 de maio de 2011

Quixadá interdição do único matadouro do Município

Quixadá A população da maior cidade da região Centro do Estado amanheceu a terça-feira sem muitas opções para compra de carne fresca. A interdição do único matadouro do Município, no fim da tarde da segunda-feira, pegou todos de surpresa. O movimento no mercado público caiu em mais de 70%. Açougueiros e proprietários de boxes ficaram revoltados. O clima foi tenso na hora de fechar o cadeado. Os fiscais contaram com o apoio da Polícia Militar. Para não amargarem mais prejuízos, a alternativa é recorrer ao abatedouro mais próximo, situado em Quixeramobim. Outra opção será o matadouro de Morada Nova, no Vale do Jaguaribe.

Irregularidades

A coordenadora regional da Adagri, Patrícia Gomes de Matos, justificou a preocupação com a saúde da população como principal fator para a decisão tomada por sua Agência. O abate dos animais vinha ocorrendo sem os cuidados de higiene necessários. Uma série de outras irregularidades também foram constatadas na última inspeção. Medidas da mesma natureza foram tomadas em Iguatu e Itapipoca. Segundo ela, o prazo estabelecido para o ajustamento foi prorrogado por duas vezes. O risco de doenças prejudiciais aos consumidores, dentre as quais a brucelose, a tuberculose e a cisticercose estavam se tornando iminentes. Melhor prevenir do que remediar.

O fiscal ambiental da Semace, Thiago Ferreira Silva, apontou agravantes ao meio ambiente como principais motivos para o embargo administrativo aplicado pelo seu órgão. A coleta e tratamento dos resíduos líquidos provenientes dos abates foi um deles. O despejo de subprodutos a céu aberto, o sistema de drenagem e saneamento também foram considerados ineficazes. A maioria das condicionantes firmadas não haviam sido cumpridas. O técnico ainda acrescentou estarem sendo tomadas as mesmas medidas por todo o Estado. Embora a Coordenadoria de Fiscalização (Cofis) da Semace tenha sido criada há pouco tempo, as inspeções estão em regime acelerado.

Inconformado com o fechamento do matadouro público, o presidente do Departamento Municipal de Administração Bens e Serviços Públicos (Demasp), Helano Ferreira Bezerra, alegou empenho da Prefeitura em atender as exigências estabelecidas diante do Ministério Público de Quixadá. As obras e as adequações de urgência estavam sendo realizadas. Todavia, os R$ 42 mil estimados preliminarmente não foram suficientes. Houve necessidade de readequação do orçamento, ultrapassando a casa dos R$ 100 mil. O cronograma da obra foi alterado. Deverá estar concluído dentro de 20 a 30 dias.

FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/

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